Cineclube Urtiga 24/09

O Cineclube Urtiga apresenta no próximo sábado, Band à Part (Jean-Luc Godard, 1964), às 15h, no salsão nobre da FAFIUV.

Sinopse: dois malandros apaixonados por filmes-b hollywoodianos tentam convencer uma estudante a realizar um furto. Apesar do enredo despretensioso, o filme é uma homenagem de Godard aos filmes de gângster, assim como outros de seus clássicos como ‘Acossado’ ou ‘Made in USA’. Algumas cenas se tornaram clássicas, como a da corrida no Louvre, homenageada por Bertolucci em “Os Sonhadores” e a cena da dança, homenageada em “Pulp Fiction” de Tarantino, que inclusive batizou sua produtora com o nome do filme.

Cineclube Urtiga

O Cineclube Urtiga exibe no dia 10 de setembro às 15h o filme “Hiroshima mon amour” (Alain Resnais, 1959). As sessões ocorrem quinzenalmente, sempre aos sábados, no salão nobre da faculdade.

Um bom artigo sobre o filme: Hiroshima mon amour: os labirintos da memória.

Cineclubes

Hoje participo como convidado do Cine Sesc em União da Vitória. O Cine Sesc apresentará durante essa semana filmes de Krysztoff Kieslowski (confira a programação aqui) e vou comentar “A Cicatriz” (1976). O diretor é mais conhecido pela trilogia das cores: A liberdade é azul (1993), A igualdade é branca (1994), e A fraternidade é vermelha (1994). Ainda não sei muito bem como vou comentar o filme. Há alguns pontos sugeridos e vou me ater neles: o indivíduo e um estado opressor; o público vs. o privado; o coletivo e o individual; etc. Há várias dicotomias interessantes no filme e que podem ser exploradas. Apesar da câmera com feição documental não creio que o filme seja um retrato de uma realidade. É um documento de um período importante da história da Polônia e da URSS. Tem várias cenas em que vemos Bednarz pensativo. Muitas coisas o incomodam e ele não sabe lidar bem com nenhuma delas: os problemas da fábrica, funcionários insubordinados, a população que reclama o tempo todo, sua mulher, sua filha, os superiores lhe cobrando, etc. A opressão do estado é sutil, mas presente o tempo todo na figura do seu assistente, que parece querer controlar cada passo seu e dos jornalistas que visitam a fábrica.

É uma pena que o Cine Sesc seja durante a semana (ou é uma pena eu ter aulas todas as noites?), o que reduz sobremaneira o público participante (universitários que estudam nesse horário). Já é alguma coisa ter um cineclube desse porte aqui. Os caras passaram filmes do John Casavettes em fevereiro e eu nem soube!

No sábado (14/05) o Cineclube Urtiga apresenta “Cabra marcado pra morrer” (Eduardo Coutinho, 1984). Além de contar a história do líder camponês João Pedro Teixeira, assassinado em 1962, o filme resgata a sua própria história, que foi interrompida pelo golpe militar em 1964. O filme teve que parar de ser rodado e o diretor só pode voltar ao local 20 anos depois.